PAMPA E GINETE

Nas retinas abrigo imagens

Do agreste deste Pampa

Das madrugadas roseadas

E quando o Sol se levanta

Que o Pampa fica mais lindo

Varzedo coxilhas e Serra

Que Deus desenhou a gosto a A cada palmo desta Terra

Carrego nos meus Pessuelos

A bagagem desta Querencia

Meu Rancho e junto aos pelegos

No rasto de minha existência

Sou como Cerne de Aroeira

Fincado desde o tempo de guri

Por mais que o Vento empurre

nunca me arranca daqui

No exílio desta querencia

Enfrentei muito atropelos

Domando amansando potros

No basto e no puro pelo

Nas andanças Barbarescas

Entre os rigores da lida

No Lombo destes baguais

Fiz meu sustento de vida

Pra quem olha da Plateia

Não imagina o que se sente

Ao se montar um cavalo

O Sangue pulsa mais quente

Coração soqueia o peito

A cada golpe de um ventena

Na precisão das esporas

Quando a vida se apequena

ZECA DIVINO
Enviado por ZECA DIVINO em 27/05/2023
Reeditado em 07/02/2024
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