PAMPA E GINETE
Nas retinas abrigo imagens
Do agreste deste Pampa
Das madrugadas roseadas
E quando o Sol se levanta
Que o Pampa fica mais lindo
Varzedo coxilhas e Serra
Que Deus desenhou a gosto a A cada palmo desta Terra
Carrego nos meus Pessuelos
A bagagem desta Querencia
Meu Rancho e junto aos pelegos
No rasto de minha existência
Sou como Cerne de Aroeira
Fincado desde o tempo de guri
Por mais que o Vento empurre
nunca me arranca daqui
No exílio desta querencia
Enfrentei muito atropelos
Domando amansando potros
No basto e no puro pelo
Nas andanças Barbarescas
Entre os rigores da lida
No Lombo destes baguais
Fiz meu sustento de vida
Pra quem olha da Plateia
Não imagina o que se sente
Ao se montar um cavalo
O Sangue pulsa mais quente
Coração soqueia o peito
A cada golpe de um ventena
Na precisão das esporas
Quando a vida se apequena