QUANDO ME ABANCO PRO MATE
A tarde a frente do rancho
Quado me abanco pro mate
O sol encendeia o poente
O dia já vai pro arremate
Amimais noturno em alerta
Vem sasuros do banhados
A sinfonia da noite campeia
Entre os juncos dos alagados
A aragem da brisa da noite
Se aprochega de mansinha
A passarada aos poucos
Nos beirais do rancho se aninha
A coruja agorenta posa
Sombre o tronco da porteira
A lua majestosa nas alturas
me espiando sorrateira
O luar me remete poemas
Descanso a cuia mateira
Abraço a gosto e capricho
A guitarra milongueira
Num cantar xucro dedilho
A a minha guitarra parceira
Que sempre carrego nos tentos
Nas andanças galponeiras
Dou rédeas a alma milongueira
Canções abrigadas na memorias
Que cantam dentro de mim
Dos que perpetuaram a historia
Pelejando pelos confins
Que pela paz foram a guerra
Pelo grande amor pela terra
Liberdade,a retinidos de clarim