QUANDO ME ABANCO PRO MATE

A tarde a frente do rancho

Quado me abanco pro mate

O sol encendeia o poente

O dia já vai pro arremate

Amimais noturno em alerta

Vem sasuros do banhados

A sinfonia da noite campeia

Entre os juncos dos alagados

A aragem da brisa da noite

Se aprochega de mansinha

A passarada aos poucos

Nos beirais do rancho se aninha

A coruja agorenta posa

Sombre o tronco da porteira

A lua majestosa nas alturas

me espiando sorrateira

O luar me remete poemas

Descanso a cuia mateira

Abraço a gosto e capricho

A guitarra milongueira

Num cantar xucro dedilho

A a minha guitarra parceira

Que sempre carrego nos tentos

Nas andanças galponeiras

Dou rédeas a alma milongueira

Canções abrigadas na memorias

Que cantam dentro de mim

Dos que perpetuaram a historia

Pelejando pelos confins

Que pela paz foram a guerra

Pelo grande amor pela terra

Liberdade,a retinidos de clarim

ZECA DIVINO
Enviado por ZECA DIVINO em 23/05/2023
Reeditado em 07/02/2024
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