Mundo dos mortos

Fixamente

Mantendo-se no caminho

Não podia olhar para trás

Pelo seu melhor ela o fez

Radiante

Naturalmente

Diante da luz

não sabia a escuridão que a esperava

Inigulável

Desejo

Singelo

Incompreendido

Pensamentos atormentados

pela mente vazia

Em busca do motivo

daquele terror

Almejando tomar o seu olhar

Implorando que não os ouvisse

Na certeza de suas palavras

Ajoelhando-se em prol da escória repugnante

Ao seguir em frente

Retorna ao seu lugar

no passado presente

Estática ouve o som da lira

Imóvel sente o ardor da terra fria

O dia empreteceu

Agora roga pela verdade

Dentre a mitologia grega dos insignificantes

Novamente no mundo dos mortos

Se encontra vagando pelo livro dos dias

onde possa segurar-se em palavras

deturpadas por música efêmera e finda

Kessi Santos
Enviado por Kessi Santos em 18/05/2023
Código do texto: T7791205
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