REPÚBLICA DE TEUS OLHOS

Vejo folhas, vejo frutos, vejo troncos, vejo arbustos, vejo fontes e lajedos, cara coes e vejo o mar

O som do silêncio, vejo os sopros dos ventos, vejo novo amanhecer da aurora, vejo estradas fechadas, caminhos a procurar.

Vejo estrelas, vejo o amor, no brilho a se postar, vejo o céu, vejo o véu da noiva que vai casar, vejo sonhos e sombras, vejo o pássaro pousar

Neve em cachoeira, vejo pés de laranjeiras onde canta o sabiá

Calma paisagem, vejo rios de claridade, doces águas ali molhar

Chuvas de neblina é lançada adrenalina, nuvem fina cristalina nunca a de a terra abandonar

Flores, um pomar, vejo terra de plantar, vejo águia no ar, vejo lágrimas no olhar, seu jeito de pensar

Mel de mil abelhas, vejo açúcar de um engenho, vejo o nascer de uma ovelha, vejo seu empenhar

Na república de teus olhos, já nem me lembro quem sou, seu presente, seu passado, seu futuro, ou apenas um alguém que por sua vida passou, na república de teus olhos eu ouso me encontrar, se der bem e se não dar sei onde ela vai estar

Tais filosofias de destino, terapias, onde nasce a madrugada, sempre vai raiar

Um planeta azulzinho, vejo terra de carinho, vejo guerras e conflitos, vejo risos e vejo gritos cada momento vendo o mundo girar

Luzes de verão, vejo cara e coração, vejo simples solução estampada la no peito, pra que fugir não tem mais jeito, o progresso está no dom de amar

Raios e trovões, também cometas e aviões, vejo céu de infinitas estrelas a brilhar as multidões, infinitos clarões sem interrupções, aí é só trovejar

Você chegou minha sorte mudou, nossa sorte pode apostar nesse nosso jogo só vai dar impar ou par

Meu coração vai cantarolar eu quero ela todinha pra mim. Seja na noite ou dia, em casa ou jardim, olha minha bela, seja na terra ou no mar

Minha linda cigana, porque tu se engana, o seu número só tem eu isso pode apostar

Te procuro em vários lugares, onde você está, será que se perdeu dentro deste meu olhar