A mente mente

Ep: Laboratório dos Esquisitos

A Mente Mente

Quando a gente ouvia essa trilha sonora no morro, sabe o que a gente fazia? Subia lá no alto e ficava só olhando, se perguntando, se questionando ‘quando que os coxa vai embora?’. Sabe por que? Porque também a gente tinha que ir embora, né? Dez anos depois muita coisa rolou.

É desse jeito.

Estilo Jesse Owes, quebrando os tabu

Pau nos U dos U dos berço de bambu

O grito que clama do deserto do intimo, inimigo

Amigo, abrigo, parceiro, aqui é o Guido

Selva de Pedra dá as paradas furada da rua, da quebrada

O gelo da madrugada, até o diabo pede licença

A liderança organizada, eu rezo, eu credo, peço proteção

Talvez mais um louco na missão, com o mic na mão

Na disposição pra fazer o matrimonio entre o céu e o inferno

Eu gosto do verão mas prefiro o inverno

O jaleco, o moletom, os cinzas das nuvens

E os seus tons, o dom, som

O tilintar dos trilhos, a tribo encontro o brejo entre o prédio e o asfalto

O ato cinematográfico

Uma mulher chorando, o moleque gritando ‘assalto’

Esse é o asfalto frio como o corpo no necrotério

Quente como o beijo da morena envolvente

Não sei se você me entende

A questão não é entrar, corroer a mente

E lá no centro, andando, olhava um pro outro e dizia ‘vamo cai’ e se fosse pra cair tinha que levar, e se fosse pra levar não podia ramelar. Depois de toda situaçãozinha feita, lá em cima eu me perguntava, me questionava, me pesquisava interiormente parceiro, sabe o que eu entendia?

A mente mente, a mente mente, a mente mente

A minha mente mente

A mente mente, a mente mente, a mente mente

A minha mente mente

A mente mente, a mente mente, a mente mente

A minha mente mente

A mente mente, a mente mente, a mente mente

A minha mente mente

Palavras que constrói, eu sinto muito que por dentro destrói

Não vou mendigar o seu perdão

Pois na selva se aprende que não vive só de pão

No fim, o ‘não’ educa a realidade

Cutuca, cumula na sua urna

O meu tesouro ta na cuca

Viva o coletivo Mixgenação!

E disso me inspiro, conspiro, vivo o que vivo

Crio o que crio e crivo

Palavras que vem do coração

Sem correção, edição, diagramação

Arte do Vale, independente o movimento

A importância no olhar, até quando eles ousam em se calar

Estilo Jesse Owes, andando pelos vagões da vida

Vivendo e deixando viver

A dor é inevitável, opcional é sofrer

Eu quero ver a Yasmin correr pelos asfaltos reduzidos

Do remédio, o ruído da porta, a maçaneta

Como diz o poeta, simplesmente vindo pelo role da selva

(pode entrar minha princesa...)

Ela cresceu, oh

(vish deu trabalho...)

A mente mente, a mente mente, a mente mente

A minha mente mente

A mente mente, a mente mente, a mente mente

A minha mente mente

A mente mente, a mente mente, a mente mente

A minha mente mente

A mente mente, a mente mente, a mente mente

A minha mente mente

E depois de toda aquela situaçãozinha, a gente subiu o morro, tá ligado?

Ia direto pro Portugas bar, sabe fazer o que?

Dançar!

guido campos
Enviado por guido campos em 11/04/2023
Código do texto: T7760731
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