ÀS ABAS DO MEU CHAPÉU
Me chamam Zé da Ribeira
Lá nas feiras do sertão
Nas eiras da caatinga
Nas beiras do ribeirão
Montado em meu cavalo baio
Cabra forte, sou peão
Levando meu gado manso
Das terras secas do norte
Sob os raios dessa ilusão
Vou buscando minha sorte
Sob um delirante sol
Sob um cintilante céu
Sobre as trincas desse chão
Às abas do meu chapéu
Sonhos, nobres pensamentos
De amor, fé e esperança
Tudo o que meu pai me deu
Vivo guardo na lembrança
Pra não lhe esquecer jamais
E enquanto soprar os ventos
No lombo do meu cavalo vou
Levando meu gado manso
Sobre as trincas desse chão
Solitariamente solo, vou
Solitariamente solo
Solitariamente solo, vou
Tocando meu violão!
Autor: Valter Pio dos Santos
29/Mar./2023 – (Letra)