Milonga do Forasteiro
À luz de meu candeeiro
As picadas palmilhando
Campearei mundo inteiro
Num tordilho galopando
Talhões dos antepassados
Lavrados à sangue e suor
E neles, todos sepultados
Estão meus pais e os avós
E nas sendas do coração
Só há lugar pra Tereza
Na ponta do meu facão
Morte, sangue e tristeza
Seja terrunha ou forâneo
Inda que haja pendengas
Terei direito às avoengas
Leivas de anis e gerânios
Ê prenda, menina faceira!
Ô vida, lépida e fagueira!
Ê prenda, menina faceira!
Ô vida, lépida e fagueira!
MARCANTE, Alexandre.
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