Você
Você,
Que vive dizendo
Que sabe de tudo
Mas daquilo
Que sei, eu não sei
Se haverá de saber
Jamais vai poder
Entender
Que as respostas
Que mais procurou
São tão simples
E vivem guardadas
No meu coração
E que o lance da felicidade
Que um dia
Outro alguém lhe ensinou
Não tem nada
Com a prosperidade
Esculpida na vida
E guardada no bolso
Cê’ Precisa sair mais
De casa
E andar de sandálias
De dedos ... sim !!!
Sinta o cheiro
Da tal liberdade,
Que brota, com graça
Num novo jardim
Você,
Que não quer nem saber
Como tudo ficou ...
Nem lembra da cor
Dos meus olhos,
E como tudo acabou
Jamais vai haver
De lembrar
Que a bandeira que
Mais empunhou ...
Continua guardada
Comigo
Perguntando
Onde andou ?
Nem me venha falar da idade
Já que o tempo
Passou pra qualquer
Numa vida
De tantas saudades
Olhe as marcas, nas costas
Que ela deixou
Cê’ Precisa comer
Uma empada
Que vende naquele
Japona ... sim !!!
Sinta o cheiro
Da tal liberdade,
Que brota, com graça
Num novo jardim
Você,
Que nem lembra direito
Qual partido ganhou
Mas discute
Dos temas, com força
Sem mais nada entender
Jamais vai saber
Compreender
Que hoje o som
Que se escuta no bar
É porque
Teve alguém que apanhou
E não quis lhe entregar
E que mais que dizer a verdade,
Nas verdades
Que tanto ensinou
É preciso lembrar
Com saudades
Da força do grito
Que tanto gritou
Cê, Precisa largar
Da TV
E pegar um romance
Pra ler ... sim !!!
Sinta o cheiro
Da tal liberdade,
Que brota, com graça
Num novo jardim
Você,
Que não sabe direito
Nem por onde andei
Não sabe da mão
Que constrói e destrói
O amanhã
Não vê que
Se a gente ficar
Nas migalhas
Que caem no chão
Vai deixar
Tudo muito mais
Louco
Para quem mais virá
Olha, em nome da cumplicidade
Ainda é tempo
Da gente lutar
Esquece a grana
Que mata depressa
E empurra o presente
Bem mais que pra lá
Cê’ Precisa
Sair mais de casa
E pegar umas
Ondas na praia ... sim !!!
Sinta o cheiro
Da tal liberdade,
Que brota, com graça
Num novo jardim