Niterói, Mon Amour
A ponte de concreto é infinita
Mas a dor que vem dessa saudade,
É ... muito maior
Essa dor doída, sem ferida
Se acalma quanto mais eu me aproximo,
De ti Niterói
Nem vejo o sinal vermelho,
De “PARE“... estou na São João,
O guarda que escreve o delito
Não sabe da minha aflição
Eu vou passar na casa do PC
Preciso avisar, rapidamente
Que estou por aqui !!!
Dizer que trouxe samba pra versar
Fazer canções que agora, só nos falem
De areia e de mar
Hoje, coisa linda és só minha,
Tenho confidências lá do alto,
Pra te contar
Dizer que mesmo longe, na colina
Se clamas, bem depressa
venho logo, pra te encontrar
As ondas abraçam-me as pernas
Trazendo segredos do mar
Gaivotas de asas abertas
Se exibem e vêm me saudar
Já Já vou me espalhar por Camboinhas
Descer pelas escadas e sentir,
A terra rodar
Espreguiçar o corpo numa esteira
Conter a emoção ...
Minha sereia, saindo do mar !!!!
Tenho tantas coisas pra dizer
Mas sempre que estou, junto de ti
Só sei me calar
A tua natureza já mostrou,
Que aqui nesse cenário
A gente fala num simples olhar
O tempo que passa correndo
Veleiros dançando no mar
O sol quase se recolhendo
Não temas, eu hei de voltar
Já Já vou me espalhar por Camboinhas
Descer pelas escadas e sentir,
A terra rodar
Deixar os pés cobertos pela areia,
Dizer prá Deus que o mundo,
Agora pode, de vez se acabar !!!!