Niterói, Mon Amour

 

A ponte de concreto é infinita

Mas a dor que vem dessa saudade,

É ... muito maior

 

Essa dor doída, sem ferida

Se acalma quanto mais eu me aproximo,

De ti Niterói

 

Nem vejo o sinal vermelho,

De “PARE“... estou na São João,

O guarda que escreve o delito

Não sabe da minha aflição

 

Eu vou passar na casa do PC

Preciso avisar, rapidamente

Que estou por aqui !!!

 

Dizer que trouxe samba pra versar

Fazer canções que agora, só nos falem

De areia e de mar

 

Hoje, coisa linda és só minha,

Tenho confidências lá do alto,

Pra te contar

 

Dizer que mesmo longe, na colina

Se clamas, bem depressa

venho logo, pra te encontrar

 

As ondas abraçam-me as pernas

Trazendo segredos do mar

Gaivotas de asas abertas

Se exibem e vêm me saudar

 

Já Já vou me espalhar por Camboinhas

Descer pelas escadas e sentir,

A terra rodar

 

Espreguiçar o corpo numa esteira

Conter a emoção ...

Minha sereia, saindo do mar !!!!

 

Tenho tantas coisas pra dizer

Mas sempre que estou, junto de ti

Só sei me calar

 

A tua natureza já mostrou,

Que aqui nesse cenário

A gente fala num simples olhar

 

O tempo que passa correndo

Veleiros dançando no mar

O sol quase se recolhendo

Não temas, eu hei de voltar

 

Já Já vou me espalhar por Camboinhas

Descer pelas escadas e sentir,

A terra rodar

 

Deixar os pés cobertos pela areia,

Dizer prá Deus que o mundo,

Agora pode, de vez se acabar !!!!

 

Germano Ribeiro e Maria Araújo & P.C.Coelho
Enviado por Germano Ribeiro em 23/01/2023
Reeditado em 23/01/2023
Código do texto: T7702230
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