Da janela da frente.

O sol se mostra sem reservas

É possível ver todos os rostos

Todas faces que se escondem

E todos temos nossas cavernas

Na real ninguém se mostra por completo

Sempre cabe um personagem

Com falas ensaiadas que não se repetem

La está ele imponente a nos assistir

Absoluto na missão de nos trazer evidências

De que somos inversos a tudo ou a uma parte significativa das versões

E nem precisamos de esforços pra saber

Que nada disso faz sentido

Somos Imperfeitos e pode ser bom ser assim

Então, podemos olhar pela janela da frente

E vê que de lá tudo parece ser diferente

Que temos tempo ,temos muito tempo

Sentados,café,música e uma sensação de que vamos durar o tempo de uma boa nota

E nem ouvimos ainda o som da melodia "perfeita"

Ainda cabe esperanças,ele ainda brilha de lá

E nós,otimistas somos levados a crê na intensidade do brilho

Limitados ao abrir e fechar da janela da frente

Pensamos que sim,sim !! Temos privilégios

Iludidos,guiados por algo longe de nós

Assim como a lua,fria desaquece as noites

E caímos de novo na lacuna da vaidade

Sem pele, nem marcas que intencionem seu brilho,oh! Sol...

Que nos abre portas ao tempo que as mantém fechadas

Abrem-se na primeira hora,e lacradas na penumbra do desnascer

E pra nós cabe ficar encaltos,debruçados nos ombrais

Esmos,café,música e olhar fixo através

Da janela de frente pra vida.