DEIXEM ELA SAMBAR
Deixou a cerveja esquentando na mesa, o copo parado não era a intenção.
Nas pontas dos dedos morreram os acordes, daquela que era a sua canção.
No peito o aperto de mil segredos,
nos olhos o brilho de admiração.
Por ela que era o motivo de tudo, sambando segurando a saia com as mãos.
Naquele gingado, se escondem desejos, quem olha percebe no ar a tensão.
E o tempo parece que corre mais lento, pra quem não consegue calar o coração.
E em cada rodada ele sofre por dentro, por ver nos olhares de outros, a mesma paixão.
Fingindo que não sente o medo, canta mais uma vez o refrão.
Deixem ela sambar!
Deixem ela sambar, tá perfeito.
Deixem a mente liberar a imaginação.
Brinquem, só não percam o respeito,
o pagode maneiro é sem vacilação.