Cheio de Graça
Aflito como de costume, Porém hoje sem Cachaça
Recorro mais uma vez a BIC de Cor Azul, Entrego minhas dores nesse Apergaminhado
A4 Branco, És um Doce Remédio
Mantenho-me sozinho como sempre e na batida de tudo lá fora, Aqui dentro faço meu Show
E de repente um Enlatado pra Comemorar, Com Óleo Comestível e Rico em Ômega 3
A Janta abre fácil, É só puxar o lacre
Agora me sinto uma Rocha, Um Ser cheio de Graça
Bem alimentado e com um Som Novo, Levo a Caneta até seu Apogeu
O mais Alto da Estante, Do lado do Friedrich Nietzsche e da Samambaia, E lá que Ela gosta de ficar
O Papel vai pra Pasta, Gaveta Exclusiva
Agora Eu vou pra Cama, Dormir e Sonhar, E lá que Eu gosto de ficar.