Cheio de Graça

Aflito como de costume, Porém hoje sem Cachaça

Recorro mais uma vez a BIC de Cor Azul, Entrego minhas dores nesse Apergaminhado

A4 Branco, És um Doce Remédio

Mantenho-me sozinho como sempre e na batida de tudo lá fora, Aqui dentro faço meu Show

E de repente um Enlatado pra Comemorar, Com Óleo Comestível e Rico em Ômega 3

A Janta abre fácil, É só puxar o lacre

Agora me sinto uma Rocha, Um Ser cheio de Graça

Bem alimentado e com um Som Novo, Levo a Caneta até seu Apogeu

O mais Alto da Estante, Do lado do Friedrich Nietzsche e da Samambaia, E lá que Ela gosta de ficar

O Papel vai pra Pasta, Gaveta Exclusiva

Agora Eu vou pra Cama, Dormir e Sonhar, E lá que Eu gosto de ficar.

Paulo Poba
Enviado por Paulo Poba em 19/11/2022
Reeditado em 19/11/2022
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