Meu Apocolapso
Acordo pra vida
Postura caída
relógio “tica"
clica as horas pra minha rotina
Que me assassina
toca a minha mina
me explode em minas
não sou de Minas
não dopo as minas
eu dropo rimas
enquanto você Dopamina.
Dobro esquinas,
tento me livrar da angústia deste feeling
Sou invisível estando no topo do ranking
De ser tão ruim
No sertão ruins
Não sou cão mas-pra eles é como se eu falasse latim.
Em cada segundo meu lugar cai
A cada linha escrita do que sinto ela se vai
Fico tão tenso, e não estou a ingerir sais
No mar da vida estou naufrago e estou sem cais.
Nas lágrimas o meu ser se afunda,
Águas profundas
Em memórias rasas a mente se aprofunda
Me perco ainda mais tentando me encontrar
E me encontro menos por onde tento procurar.
Em todo momento meu porto seguro se vai
e sei que por muitos dias ainda serei lembrado,
porque mesmo que hajam outros mil lugares,
o lugar que foi cedido pela vida já me foi tomado.
Aos seus olhos o que passo que logo passa,
Mas me amassa e a todo momento me destrói em massa
Aos meus olhos sou armadura frágil que se despedaça,
E as marcas na minha alma me cobram diariamente pra que eu me refaça.
Dobro esquinas,
Tento me livrar da angústia deste feeling
Sou invisível estando no toPO do ranking
De ser tão ruim
No sertão ruins
Não sou cão mas-pra eles é como-se eu falasse latim.
De noite me embriago em verso
E corro em meio as pedras pra ver se disperso
Transpiro pela pele toda e fico submerso
No meu roteiro que nunca foge o subverso.
Convidei a dona morte pra ver se comigo ela dançaria,
Não sei pro mundo se alguma falta eu faria
Será que pra você alguma diferença isso faria?
Se é que pra você eu ainda existiria.
Se penso, logo existo
Preferiria pensar que não existo pra pensar no que penso por existir,
Pois se existo pra pensar no que penso nesse tempo
Escolheria ser apenas um momento.
Em modo solo
Plantei sentimentos neste pobre solo
Pra ter as mais belas flores e ver se me consolo
E me desenrolo
Depois me enrolo
no manto que me cobre neste subsolo.
Falo, paro e penso,
sua ajuda eu dispenso
E repenso
com o corpo suspenso
Frente a um espelho e sem reflexo
O vazio é convexo
Então deixo aqui esse desabafo no e-mail
Com as minhas dores em anexo.
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Fiz essa música e ela está postada no Youtube,
Utilizei como base um poema meu, chamado "Meu apocalipse"
Se quiser ouvir a música, segue o link: https://www.youtube.com/watch?v=r3YW4vLLDZ8