FLORES
Passo meus dedos pelas cordas do violão e as sinto,
Sinto como se fossem parte de mim.
Uma extensão do meu corpo que canta no meu lugar.
Pronta para encantar.
Respiro o ar gélido pensando em cantar para as flores.
As flores que perfumam e colorem o dia a dia.
As flores que se abrem e se fecham conforme suas fases.
Assim como eu me arriscaria.
E então eu toco - por elas e para elas.
Para que elas saibam que não estão sozinhas,
Que entendam que são importantes e belas
E que representam fase minha,
Que começa a florescer.
Penso no cravo, que tão injustiçado não é visto;
Na rosa que, pressionada, é perfeita.
Nas margaridas que sempre correm o risco
De serem nada mais do que um “bem-mal-me-quer”
E então eu toco - por elas e para elas.
Para que elas saibam que não estão sozinhas,
Que entendam que são importantes e belas
E que representam fase minha,
Que começa a florescer.