Dias
Dias passam, sem reclamar
Os dias são chatos e tendem a passar lentamente
A vela se acaba e a madrugada ainda não pode chegar
Rasga o tempo, sobre o olhar comovente
Poucas as coisas, que me deixam assim
Pecados que me assolam ao fim
Do dia ou de uma vida
Me divida, ferozmente em avida
Os dias voltam a ser o que era
Normais e tediosos, e sempre querendo mais
Mais de nos mesmos e mais da vida
Longo o caminho que é cheio de vendavais
A tv, mostra o que queremos
Os livros nos cativam a todos os momentos
Meu espelho revela o que quero esquecer
Os anos passam, cheios de arrependimentos
Arrependimentos, marcam nossas gerações
Distancia entre o bom senso e o que quero
Ainda vai nos matar, em todas as direções
Amargamente, vamos lentamente padecendo
Na minha vida, causa estranheza
Quando vejo que nada se encaixa
Enquanto vivemos apagando a vela
Madrugadas em claro e dias de destreza