LINGUA DE COBRA
Essa bruxa da língua de cobra,
Têm muito veneno para destilar...
Eu vou embora pra não ser picado,
Que essa serpente quer me devorar.
Eu vou sair daqui de pinote,
Eu vou dar um pulo pra não mais voltar...
Sigo no giro do sol que me guia,
E o destino não vai me faltar.
Essa noite eu vazo correndo,
Cortando o vento pra qualquer lugar...
Armo uma tenda em qualquer buraco,
Não deixo endereço pra me rastrear.
Eu vou fazer como o João de Barro,
Que se esconde em qualquer lugar...
Na minha tenda não têm parede,
Só cabe uma rede para me deitar.
Faça de conta que eu não existo,
É perda de tempo querer me encontrar...
Em minha tenda, bruxa não entra,
Na sua vassoura jamais vou voar.