CFC recruta: trânsito (s)em julgado
CFC recruta: trânsito (s)em julgado
{O flanelinha acaba de ser atropelado por um dos carros que “cuidava” e com o tórax vertendo sangue, monologa ao condutor do automóvel em seu leito de morte}
26JAN2009 – 08FEV2009
Superpiloto,
deixarem assim,
literalmente
de peito aberto,
alguém, como estou,
é rotina nas estradas...
Ás no volante,
se esquece
que, em horas vagas,
também é pedestre
e o seu elmo
sobre rodas
não mais o veste...
Tua participação no “pega”
me “pegou de jeito”...
Teu pé engatilhou o acelerador;
e o veículo
veio como uma bala perdida
à procura de alguém... E me encontrou...
Eunuco deste fuzil,
eu limpava a arma
de um “Carmaggedon”
de cujo o qual, no ímpeto
de ser veloz,
o próximo destino
pode não ser o céu...
Em meu testamento,
deixo ao mundo
uma flanela,
seis bocas famintas
e o nome limpo
de um trabalhador
e não um delinquente...
Tua velocidade no “racha”
me rachou o crânio...