Três Caravelas

Se avistava, ao longe

Caravelas portuguesas

As areias queimavam ao pisar

Em terras novas.

Qual o nome da pompa da paz?

Entregues de bom grado, ao enganar o ignorante

Espelhos e ouro.

Valiam mais do que toda inocência.

Quem nunca cobiçou

Agora entende o que é o desejo

O resto ficou, e quem de lá veio?

A pior parte desembarcou

Prometeras o paraíso, a quem morresse de trabalhar

Armas e palavras do rei

Eram a lei.

Suas lagrimas, assim como vã

Ninguém a secou

As marcas nas costas, até hoje se sente

Um livro e um chicote

Pode fazer um mundo novo.

Quem reclamou, hoje descansa e não descansa em paz

Creio, enganados, foram apenas 3

As pintas no corpo, ninguém reparou

Pois os espelhos estavam embaçados.

Maria, se tornou santa ao fechar os olhos

Nina quis dizer algo, mas preferiu apenas observar.

O vento que lhes trouxe.

Ainda passa por aqui.

As vezes se escuta de longe

No mar, ao desbravar terras novas

Impor suas vontades, civilizados?

Um livro e um chicote

Pode fazer um mundo novo.

Quem reclamou, hoje descansa e não descansa em paz