Asas e labaredas
Asas e as labaredas
Liberdade, liberdade.
Grito aceso contra a opressão.
Se preciso mando chuva, temporal, turbilhão.
Clama me tuas asas.
As chamas sacode as águas.
Arranque te as mágoas.
Ame as veredas.
No oculto, acendo as labaredas.
Tuas asas atravessam o fogo.
Um pássaro que não sucumbi a gaiola, vence o jogo.
Pássaro, pássaro meu.
Diante das grades canta a esperança.
Sedentos são pela bonança.
Repito, as chaves são de vós, a um preço foi paga.
Clame e cruz.
Duvida?
Faz prova.
Joga o coração na luz.
É verdade, a prova do tempo.
Mas se vós sois sedentos.
Não entrega os pontos.
São minhas as veredas.
Pouse tu.
Como chamas de labaredas.
Bate asas, acende a esperança.
Oiapoque ao chui.
Ponta a ponta.
Pássaro de fogo.
Manso, vence guerra, vence jogo.
O vôo de uma pomba.
Giovane Silva Santos