Samba dolente

Eu fiz este samba dolente no meu barracão,

Tocando a viola plangente e meu violão.

Os meus pensamentos sombrios vieram, enfim,

Cantei este samba dolente em um butequim.

Cantava a fauna, a flora e a primavera,

O pranto, a vida infortúnia, os sonhos, quimera.

Senti que o samba dolente, não me satisfez,

Pra não duvidar mais de mim, cantei outra vez.

Um samba sombrio, sem graça, foi o meu revés,

O pranto chorado por mim, caiu aos meus pés.

Cantei este samba dolente, em vil solidão,

Percebi que este samba dolente é samba-canção.

O samba dolente, chegou de repente,

Pra me alegrar.

Com a alma sofrida, fiquei nesta vida,

Tristonho a chorar.

No próximo samba, terá gente bamba,

No samba-raiz.

Com a inspiração na minha canção,

Serei mais feliz.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 18/02/2022
Reeditado em 13/03/2022
Código do texto: T7454769
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