Sargento

Fui recruta, fui soldado,

Um guerreiro sem divisa.

Um valente, animado,

Fui infante manga-lisa.

Eu marchava na cadência,

Vibrador com alegria.

Tive muita consciência,

Eu ralava todo dia.

Também fui esbelto Cabo,

Conservei meu juramento.

Comi o pão do diabo,

Eu vivi grande tormento.

Trabalhei em viatura,

Trabalhei muito à pé.

Com muita raça e ternura,

Não perdi a minha fé.

Carreguei o meu fuzil,

Com o sabre e baioneta.

Carreguei bornal, cantil,

Ouvi toque da corneta.

Eu amava a jornada,

Amo o meu fardamento.

Tenho hoje em minha farda,

As divisas de Sargento.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 13/02/2022
Reeditado em 19/09/2022
Código do texto: T7451475
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