Deusas e Reis
Curió Cantou na Curvinha da Vila, "Festival Da Música Popular Campineira"
Seres Humanos em construção, Prédios em destruição
Do lado da lixeira, Flamingo não Canta, Porém tem quem atende
Gente que desce e sobe, Para na esquina, Agacha e levanta
Vários de boné, Alguns cabelos pintados, Gordos e magros
Quase sempre na sombra, As vezes no sol fazendo ronda
Muito rolo e muita queima, Sonhos, prazeres e cansaço
Deusas e Reis das calçadas e do asfalto
E vão-se os anos, E as estrelas param de brilhar
Dai falta o fôlego, Assim a vida termina
E o homem chora, E o que era ruim, piora
Melhor agora é ir embora, "Vazar Da Biqueira"
Deixar a Vila, Levar meu nome pra bem longe
Correr pro Monte Cristo, Procurar a "Rua Da Tona"
Fazer de lá o meu Lar, Fazer de lá a minha "Goma"