Vou me Desa(bar)

Nesta humilde espelunca,

Estou bebendo como nunca,

Não querendo embriagar.

Mas, também não bebo à esmo,

Peço porção de torresmo,

Para não me Desa(bar).

Pra tocar um reco-reco,

Vou pro canto do buteco,

Com a garrafa na mão.

E eu tomo mais um copo,

De birita eu me ensopo,

Fico ébrio e folgazão.

Peço então, outra cerveja,

Tiro o gosto com cereja,

Peço pinga com limão.

Bebo um rabo-de-galo,

Fico tonto num estalo,

Com conhaque de alcatrão.

E depois deste conhaque,

Vou ganhando o meu destaque,

Bem "pra lá de bagdá".

Faço até o impossível,

Pra não abaixar o nível,

E não ter o "bafafá".

Amiúde, firme e forte,

Vou tentando a minha sorte,

Em soberbo carteado.

Com a roupa em desalinho,

Tomei champanhe com vinho,

E fiquei embriagado.

De repente, o golo vinga,

Peço enfim, mais uma pinga,

Vou pra casa descansar.

Deito rapidinho na cama,

Meu amor, logo me chama,

Sendo assim, vou desa (bar).

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 24/01/2022
Reeditado em 24/01/2022
Código do texto: T7436195
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