Vou me Desa(bar)
Nesta humilde espelunca,
Estou bebendo como nunca,
Não querendo embriagar.
Mas, também não bebo à esmo,
Peço porção de torresmo,
Para não me Desa(bar).
Pra tocar um reco-reco,
Vou pro canto do buteco,
Com a garrafa na mão.
E eu tomo mais um copo,
De birita eu me ensopo,
Fico ébrio e folgazão.
Peço então, outra cerveja,
Tiro o gosto com cereja,
Peço pinga com limão.
Bebo um rabo-de-galo,
Fico tonto num estalo,
Com conhaque de alcatrão.
E depois deste conhaque,
Vou ganhando o meu destaque,
Bem "pra lá de bagdá".
Faço até o impossível,
Pra não abaixar o nível,
E não ter o "bafafá".
Amiúde, firme e forte,
Vou tentando a minha sorte,
Em soberbo carteado.
Com a roupa em desalinho,
Tomei champanhe com vinho,
E fiquei embriagado.
De repente, o golo vinga,
Peço enfim, mais uma pinga,
Vou pra casa descansar.
Deito rapidinho na cama,
Meu amor, logo me chama,
Sendo assim, vou desa (bar).