Não deixo não, seu moço,
Eu não deixo não
O meu Sertão, o meu Torrão, o meu lugar.
Sou nordestino e muito me orgulho,
De aqui ter nascido e aqui ainda morar.
Foi meu pai que me ensinou capinar e a lavrar,
Cuidar da terra, à hora certa de plantar.
Cuidar do gado e da criação,
Dizendo: isso garante a nossa alimentação!
Hoje sou Vaqueiro correndo na Caatinga,
De roupa de couro, de chapéu e de gibão.
E é na vaquejada nossa melhor diversão;
Herança herdada, do Nordeste tradição.
E quando é de noitinha o céu todo estrelado,
Uma viola, uma cantiga e o prosear.
E de manhazinha o canto da passarada,
Anunciando que é hora de levantar.
Por isso que não deixo, moço,
Eu não deixo não
O meu Sertão, o meu Torrão, o meu lugar.
Sou nordestino e muito me orgulho,
Da aqui ter nascido e aqui ainda morar.