Teleco-teco

Estou tocando o meu teleco-teco,

Na batida do meu velho tamborim.

Bebendo uma cachaça no caneco,

Me esquivo da chalaça e burburim.

Na manha, sigo no teleco-teco,

Cantando um belo samba-sincopado,

Meu sonho é ficar nesse buteco,

E só sair daqui embriagado.

Vou ficar no meu teleco-teco,

Aqui eu sou sambista consagrado.

Aqui eu deito, e durmo, e molho, e seco,

Acordo sem ressaca e animado.

Na cadência do teleco-teco,

Tem samba de breque e de raíz.

Tem homem, tem mulher e tem traveco,

O importante aqui, é ser feliz.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 31/12/2021
Reeditado em 03/01/2022
Código do texto: T7418717
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