MEU DESCUIDO

Quando o reino de Pasárgada foi banido,

a flecha do cupido perdeu-se na floresta,

quando o medo do dragão deixou de existir,

a luta da guerrilha perdeu o seu faquir.

Quando de novo apareceu o ronco do trovão,

eu vi o caipora correndo mato a fora

a raça emudeceu, o sol escureceu,

o dia se tornou cinzento e lá estava eu.

Me perdi de sua mão, vaguei na escuridão,

andei vales e em rios naufraguei,

subi montes, desci montanhas,

mas, nada de encontrar você.

Então entendi que você se foi

e descuidado, para sempre lhe perdi.

Marçal Filho e música de Nilo Carvalho
Enviado por Marçal Filho em 21/12/2021
Reeditado em 14/05/2024
Código do texto: T7412434
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