MEU DESCUIDO
Quando o reino de Pasárgada foi banido,
a flecha do cupido perdeu-se na floresta,
quando o medo do dragão deixou de existir,
a luta da guerrilha perdeu o seu faquir.
Quando de novo apareceu o ronco do trovão,
eu vi o caipora correndo mato a fora
a raça emudeceu, o sol escureceu,
o dia se tornou cinzento e lá estava eu.
Me perdi de sua mão, vaguei na escuridão,
andei vales e em rios naufraguei,
subi montes, desci montanhas,
mas, nada de encontrar você.
Então entendi que você se foi
e descuidado, para sempre lhe perdi.