Solidários

Já não sento mais

naquela mesa de bar,

nem canto de pé, até...

que nosso canto viesse à encantar

e, desconhecidos, convidassem a tomar lugar.

Solidários... sempre haviam dois copos

e tanta quanta cerveja bebericamos assim...

cantando.

Felizes!

Já nem existe o tal do bar,

mas persiste essa vontade

de cantar, encantar, mas, cantar sem ti,

encantar só... por ti cantar;

senti ao longo desses anos

a ausência da tua voz,

desse dueto,

que se foi.

Por quê!?...

Tantas vezes já pensei, porquê?

São tantos porquês?

Aceito, nesse tácito aceite

que a vida impõe,

eis, que não há contraponto,

mas, cada vez que encontro uma mesa vazia,

volta a lembrança e,

com ela, a boa saudade... volta

e volto

a cantarolar

sem ti,

sem ti;

confesso

saudades

senti de ti

e do bar,

onde tantas vezes

inspiramos

alguns,

solidários,

a cantar.

fabio fernandes
Enviado por fabio fernandes em 04/11/2021
Reeditado em 04/11/2021
Código do texto: T7378316
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