Tupiniquim
Bravo índio altaneiro,
Sempre forte e guerreiro,
De costume colossal.
Da escravidão, fugidio,
É solidário seu brio,
Em sua terra-natal.
Fica arredio da oca,
Come pamonha e paçoca,
Beiju, pirão, tacacá.
Tem sua arte plumária,
Tem as riquezas lendárias,
É robusto o seu cocar.
Dorme tranquilo na rede,
Com o cauim mata a sede,
Com a flecha vai pescar.
É singular seu batoque,
Da mandioca faz estoque,
Para a fome saciar.
A língua tupi-guarani,
Foi abundante aqui,
Seu mês nobre é abril.
Seu povo singelo, honrado,
Foi quase todo findado,
E banido do Brasil.