Tupiniquim

Bravo índio altaneiro,

Sempre forte e guerreiro,

De costume colossal.

Da escravidão, fugidio,

É solidário seu brio,

Em sua terra-natal.

Fica arredio da oca,

Come pamonha e paçoca,

Beiju, pirão, tacacá.

Tem sua arte plumária,

Tem as riquezas lendárias,

É robusto o seu cocar.

Dorme tranquilo na rede,

Com o cauim mata a sede,

Com a flecha vai pescar.

É singular seu batoque,

Da mandioca faz estoque,

Para a fome saciar.

A língua tupi-guarani,

Foi abundante aqui,

Seu mês nobre é abril.

Seu povo singelo, honrado,

Foi quase todo findado,

E banido do Brasil.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 14/10/2021
Código do texto: T7363313
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