REZA PERDIDA

REZA PERDIDA

E pensar que um dia isso tudo fosse.

Acalentar minhas rugas, meu cansaço.

Dividir o pão nosso que a lida trouxe.

Nas manhas de julho, levando abraço.

Soletrando os dias, como regra medida.

Devorando notícias, sobre quem e onde.

Encontrando os anseios, da reza perdida.

Na cama, tapete, quarto ou sala, esconde.

Vida que segue, tempo passa, enfrente.

Em frente delírios, embutidos, do prazer.

Sem vergonha de ser feliz, constantemente.

Anunciando com clareza seu antigo merecer.

Então fez se noite, clara, nas estrelas e na lua.

Todo encanto, brilho, dividindo meu tempo.

Entre amanhã e hoje indicarei, tal, qual rua.

Levando adiante, até alegria que contemplo.