DOIS CAMINHOS
O rio e o vento correndo
Cada qual no seu caminho
Um chora a dor das águas
O outro a crueza dos espinhos
Mais cedo a vida me alcança
Mais tarde a morte fim do caminho
O rio navega sem pressa sonhando com a força do mar
O vento voa na asa de prata e não sabe quando vai chegar
Meu coração de rio e vento bate sem hora marcada
Hora forte hora fraco zombando da morte contada
Mais dura é a dor que não conta
Mais triste a injustiça calada