SONHOS DE VIOLEIRO

Venho da noite do sertão

Trago no coração os sonhos da vida

Desarmando os nãos

E a lua na escuridão clareando a partida

Trago nos bolsos o terço rosário e verso

Arma contra o adverso

E sem temor até confesso

Isso que me dá guarida

Trago na mão direita a viola

E o canto que me consola

Faço da vida a minha escola

E do tempo meu companheiro

Hoje sei que o mundo aqui fora é duro

As vezes é passado as vezes futuro

Vivo o presente entre o claro e o escuro

Esse é meu sonho de violeiro