ÁGUIA DE SANGUE

Dormindo e chorando

Nos teus olhos refleti

Dor, fuga, fobofobia, fé e fome

Camuflei com sorrisos

Essa fúria que consome

Lembranças e amor

E a sanidade já perto do fim

Enquanto insisto

Em querer manter

A qualquer custo

Você dentro de mim

De joelhos insisti

Carne, suor, fé, ossos e sangue

Até que o tempo

Não foi mais capaz de se medir

Fui sufocando o tempo

Até que a morte

Não violasse mais

Os vestígios de sentimentos e lembranças

Que preservo num santuário dentro de mim

De joelhos insisti

Carne, suor, fé, ossos e sangue

Violando princípios e virtudes

Nesse silêncio mitológico que me consome

Até fazer sofrer

Mais de um bilhão de Deuses

Como eu sofri

Até preservar você

Livre com sua vida

Mas a qualquer custo

Até o último fôlego

Dentro de mim