Tudo o que sei
Tudo o que sei não sei se sei.
(Tudo o que sei não sei se sei)
O saber é relativamente sóbrio.
O saber seria nobre
Se aplicado com sabedoria.
Não inventa moda!
A mediocridade é a média
Dos que pressupõe saber.
Então agora senta e chora,
Senão vamos debater
Sobre como será o fim.
Como será uma possível transição,
Um recomeço, digno de se aplaudir.
Herança dos vícios - vamos aplaudir.
Novas velhas terras sob disputa - vamos aplaudir.
Uma nova escrita curta - vamos aplaudir.
Destroços, ruínas, escombros,
Ex-jardins.
Recomeço falso,
Retoma-se o final.
Outra etapa...
O que combater?
O combatente combalido
Terá sentido em algum momento
Hombridade?
Desvalido, terá sido?
Ou deixará de ser?
Tudo o que sei
Não sei se sei.
Só seria vontade
Se eu soubesse
Que viria a saber.
Tudo o que sei
Não sei se sei.
Nao sei se soube,
Não serás sabido, notado.
Arroubado tampouco!
Jogado de lado.
Prometido à terra prometida
Um dia tida como meta.
Metástase
Como em outros queridos.
Afasta-te ou revido.
Em meus ouvidos
Outras palavras doces
Causam asco.
Celeumas ao léu.
Tudo o que se quis
Eu também quis.
Mas já foi, já fui...
(Sem conhecer o céu.)
*14/5/21*