Com meu nariz de palhaço.
O que já chorei não me lembra...
O que já sorri vem conta.
O quanto amei vê e entenda...
E diz que o amor faz chorar.
É no meu verso de agora...
Que eu confesso o ardor.
O calor que queima e devora...
Em quem se mete com amor.
Ai meu bem...
Dividi o dia e reparti...
Cada pedaço é uma dor.
Cada problema é cansaço...
Pensa que eu sou brinquedo...
Bole e me bole ao fervor...
Todo o meu tempo consome
Pra consolar seu amor.
Do meu olhar tão perdido...
Sofrido e cheio de dor.
São esses calos queridas...
Que construí o amor.
De ser esteio na vida...
Dentre espinhos ser flôr.
Com meu nariz de palhaço...
Ainda rego o amor.
Vai e vem...
E aprende mesmo a cobrar...
Esse é o dilema da vida...
Quando não há namorar.
Tem problema...
Chega dar pena se olhar...
Parte da vida pequena...
Já não é sonho de amar.