Desejaram-se
O corpo de uma metade,
Sair sempre pela verdade,
Ser umas redimidas fases,
De amar como umas felizes.
Desejaram-se nossos corpos,
De cada hora um ser socos,
Onde irradiados do ventre,
Semeiam palavras que entre.
Refrão
Somos cingidos e alados,
Creiamos como consolados,
Sempre queremos ser hoje,
Um coração bem perto monge.
O crer e de um bom o ser,
Tão humano quando quiser,
De amores esses sensatos,
De ardores bons e ingratos.
E cada hora uma diferença,
O quer e querer ser aliança,
O quer se ergue a oposição,
Ama de cada coração.
Refrão
Somos cingidos e alados,
Creiamos como consolados,
Sempre queremos ser hoje,
Um coração bem perto monge.
O coração se investiga sempre,
Palavras de um ser silvestre,
O corpo está como longe,
De cada hora um monge.
O crepúsculo de crer ser,
De uma nova hora merecer,
Temos um mundo usurpador,
E temos na conta um salvador.
Refrão
Somos cingidos e alados,
Creiamos como consolados,
Sempre queremos ser hoje,
Um coração bem perto monge.