Favo de mel
Não sei porque
Nem como explicar
Que isso
Possa acontecer
A gente senta
Tão feliz
Pra conversar
A coisa esquenta
Pra logo
Se desentender
Só Freud pode responder
Essa mistura
De amor e ódio
Eu me sinto no pódio
Ela na berlinda
Tão dócil e linda
Não posso entender
Que seja ela a mesma
Que se transformou
Sentada tão doce
Virou uma pimenta
Quando levantou
Foi dizendo
Que eu me achava
Que eu viajo na maionese
Me xingou feito louca
Mordendo a boca
Saiu sem voltar
Só Freud
Pode decifrar
Esse favo de mel
Eu sou um zangão
Ela abelha rainha
Se finge ser minha
Mas deixa o ferrão
No fundo
Do meu coração