PASSAGEM SECRETA — Código do texto: T7194148
GRUPO WEB POESIA
84º Evento Literário Virtual
Tema: Constelação
Autor: MAKLEGER CHAMAS — O Poeta Louco e Romântico (Manoel B. Gomes)
A V I L — ACADEMIA VIRTUAL INTERNACIONAL DE LITERATURA
ACADÊMICO IMORTAL: MAKLEGER CHAMAS — O POETA LOUCO e ROMÂNTICO (MANOEL B. GOMES)
CADEIRA: 51
PATRONO: FERREIRA GULLAR
ACADÊMICO VIRTUAL DA ACADEMIA…
POSTAGEM QUINZENAL DO ACADÊMICO DE 22/02/2024
PASSAGEM SECRETA — Código do texto: T7194148
Protegido pela Lei de proteção Autoral. 9.610/98
Lua…
Assim como você, nasci para sofrer e viver a vida.
Um aprendizado para lá do normal.
Como diz os escritos da Bíblia,
uma passagem secreta para outra divina vida.
Porque, antes de estarmos aqui,
gargalhando, em mil sorrisos,
vivendo esta nossa vida,
vivi outra vida, com prazer, no paraíso.
Vivi outra vida, em outro mundo,
bem diferente deste que vivo.
Um mundo bem mais profundo,
um mundo sem reboliços ativos.
Lá, no ventre de uma mulher,
num ímpio travesseiro sossegado,
sem haver um barulho sequer,
em um ímpio sossego temperado.
Onde eu desconhecia a dor,
onde eu desconhecia a ferida,
e, se conhecia, na verdade, era flor,
vivida em vida atrevida, destemida.
Onde eu não conhecia o tal respirar,
tampouco as atrevidas falcatruas,
onde, para se aprender, é preciso apanhar,
em arreios complexos da complexa fase da lua…
Que se manifesta, quando se faz preciso,
pois a sua clara aparição
se faz para nós, simples rotina,
dentro dessa desinibida constelação.
Porque eu, faço parte deste rebanho,
uma célula perfeita ou imperfeita,
que, no silêncio, constrói ou destrói
este corpo tamanho, ainda meio estranho.
TÍTULO: PASSAGEM SECRETA — Código do texto: T7194148
Protegido pela Lei de proteção Autoral. 9.610/98
Autor: MAKLEGER CHAMAS — O Poeta Louco e Romântico (Manoel B. Gomes)
Escrito em (LOCAL) Vila Nova Jaguaré — São Paulo — BRASIL
Data: 24/02/2020
Dedicado ao Mundo.
Registrado na B.N.B.
O poema “115 — PABXm² Passagem Secreta” de MAKLEGER CHAMAS (Manoel B. Gomes) é uma obra introspectiva que explora a experiência humana de sofrimento, aprendizado e reflexão sobre a vida e a existência.
O autor utiliza uma linguagem poética rica em simbolismos para sugerir que a vida é um processo contínuo de transformação, talvez até reencarnação, com referências à Bíblia e à ideia de uma “passagem secreta” para outra dimensão ou estado de vida.
A primeira parte do poema fala de um sofrimento inevitável, mas também de um aprendizado “para lá do normal”, em que a vida é comparada a uma passagem secreta para uma “outra divina vida”.
O autor reflete sobre a experiência de viver e falecer, fazendo um paralelo com a infância ou a ideia de um mundo primordial, onde ainda não se conhecia a dor ou o sofrimento.
O poema também explora a complexidade da vida e da aprendizagem. A metáfora do “ventre de uma mulher” e do “ímpio travesseiro sossegado” sugere uma fase de pureza e proteção antes de entrar em contato com o mundo real, onde a dor, a luta e as dificuldades se apresentam.
A referência à “lua” como uma fase de transformação e aprendizagem é uma alusão à natureza cíclica da vida e dos processos internos.
A reflexão sobre o corpo, “célula perfeita ou imperfeita”, e o “rebanho”, sugere uma visão mais filosófica sobre a existência humana, onde a individualidade e a coletividade coexistem e influenciam a nossa experiência do mundo.
O poema termina com a noção de que o ser humano está sempre em um estado de construção e destruição, uma constante transição entre os extremos.
A obra é dedicada ao “Mundo”, indicando uma reflexão universal e uma conexão com todas as formas de vida.
O registro na B.N.B. (Biblioteca Nacional Brasileira) e a proteção pela Lei de Proteção Autoral garantem a autenticidade e os direitos do autor sobre a obra.
É uma poesia que leva o leitor a refletir sobre sua existência, a busca por um sentido mais profundo e a conexão entre o sofrimento e o aprendizado no processo de viver.
A retórica do poema “Passagem Secreta — Código do texto: T7194148” mergulha em uma reflexão profunda sobre a natureza da vida, o sofrimento humano e a busca por um sentido transcendente, em que a pontualidade das experiências, tanto na vida quanto no amor, é destacada como essencial para a compreensão do ser.
Mediante uma linguagem poética repleta de simbolismos, o autor explora o ciclo existencial, desde a pureza do começo até as complexidades do amadurecimento, onde cada momento e cada sensação têm seu peso e importância.
A Pontualidade da Vida:
O poema começa com a afirmação de que a vida é um aprendizado “para lá do normal”, sugerindo que cada instante de existência é uma oportunidade de transcendência.
O autor compara a jornada humana a uma “passagem secreta” — uma ideia de que o caminho da vida não é linear ou óbvio, mas cheio de mistérios e revelações pontuais, como o ato de nascer, viver, sofrer e, por fim, transcender.
Esse movimento contínuo e cíclico da vida é um reflexo da constelação de momentos que se entrelaçam, onde cada segundo é crucial para a formação do ser.
Ao referir-se à sua própria vida anterior, o poeta faz uma comparação entre o estado inicial — “no ventre de uma mulher” — e a atual realidade cheia de “reboliços ativos”.
Ele sugere que a pureza e o sossego inicial, onde a dor e o sofrimento ainda não existiam, foram seguidos por uma existência mais complexa, em que o aprendizado exige enfrentamento da dor e das adversidades.
Aqui, o ponto de transição entre a vida anterior e a atual se torna central, representando o processo de maturação da alma, o qual é marcado pela pontualidade dos eventos que, ao longo da vida, nos definem.
A frase “em arreios complexos da complexa fase da lua” é uma metáfora que ressalta o processo de crescimento, onde a vida se revela com sua complexidade, onde aprender não é simples, mas exige esforço e reflexão.
A fase da lua, que se reflete em ciclos constantes, aparece como uma analogia à transição pela qual passamos, uma transição marcada pela pontualidade dos eventos e pela constância da mudança.
O Amor como Movimento Pontual e Transformador:
O poema dedica grande parte de sua reflexão ao amor, não como uma simples emoção, mas como uma força transcendental, intimamente ligada à pontualidade da vida.
Ao evocar o amor no paraíso, o autor faz referência, a um estado de pureza e perfeição antes da chegada ao mundo terreno, onde a experiência do amor se torna mais direta, sem as complicações e as dores da existência.
Esse amor primordial, vivido “outra vida, em outro mundo”, é livre de condições, incondicional.
Porém, à medida que a vida avança, o amor se revela de forma diferente.
Ele deixa de ser puro e imaculado, tornando-se, por vezes, desafiador e tumultuado, como o próprio “corpo tamanho, ainda meio estranho” do ser humano.
O amor no mundo terreno é apresentado como parte dessa complexidade: ele se mistura com as imperfeições da existência, com as dificuldades do aprendizado, com o sofrimento, mas, ao mesmo tempo, é o que dá sentido à vida, é o que transforma cada ponto de dor em uma oportunidade de crescimento.
A “célula perfeita ou imperfeita” que compõe o ser humano reflete como o amor também é imperfeito, mas, ao mesmo tempo, vital.
Ele se constrói e se destrói com o passar do tempo, mas nunca perde sua importância.
O silêncio que constrói ou destrói “este corpo” também pode ser uma metáfora para o silêncio do coração, onde o amor, ainda que muitas vezes silencioso ou ausente, é uma força constante, quase invisível, mas fundamental para a estrutura da vida.
Conclusão:
Portanto, a retórica do poema coloca a pontualidade como um princípio fundamental da vida e do amor.
Cada momento é essencial, e a vida é composta de pontos que se sucedem, como fases de um ciclo, em que cada experiência, cada dor, cada amor, tem sua razão de ser e sua função na construção do ser.
O amor, por sua vez, é apresentado não apenas como algo que nos salva, mas também como algo que nos desafia, que nos transforma, e que é, de certa forma, necessário para que o aprendizado da vida se complete.
Em sua essência, a obra revela que é através dos momentos e das experiências pontuais que a vida e o amor ganham significado, sendo a "passagem secreta" para a compreensão do infinito e do divino.
1. A Passagem Secreta — Código do texto: T7194148
O título e o próprio conceito de “passagem secreta” funcionam como um enigma.
O que é essa passagem? “
Para onde ela leva?
O poema sugere que a vida é uma jornada misteriosa, que, embora envolta em dificuldades e sofrimentos, possui uma dimensão que vai além da percepção cotidiana.
A passagem secreta” é uma metáfora para o processo de transformação, o aprendizado que ocorre quando o ser atravessa os diferentes estágios da vida e busca uma compreensão mais elevada do que é viver e falecer.
2. O Ciclo da Vida e da Morte
A referência ao “paraíso” e à “outra vida”, onde o poeta experimenta uma existência sem dor, contrasta com a vida terrena, marcada por desafios e sofrimento.
O enigma está em como esse ciclo se repete, sugerindo que a vida humana, com seus altos e baixos, é apenas uma etapa em um processo mais amplo, talvez até envolvendo ideias de reencarnação ou de ciclos eternos da alma.
O “ventre de uma mulher” e o “ímpio travesseiro sossegado” indicam uma fase inicial da vida, onde o ser contínua desconectado da dor e das imperfeições do mundo, como se estivesse em um estado de graça ou de inocência.
3. O Amor como Transformação
Outro enigma está na forma como o amor é apresentado. Não é apenas uma emoção comum, mas uma força que tanto constrói quanto destrói.
O amor no poema se revela não como uma experiência linear ou idealizada, mas como algo que faz parte desse processo de transformação.
O “silêncio” que constrói ou destrói o corpo pode ser entendido como uma metáfora para o amor silencioso, interno, que molda a alma e o ser, mesmo sem ser sempre visível ou explícito.
O amor é visto como um elemento essencial que pode transformar tanto o indivíduo quanto o mundo ao seu redor, mas com uma ambiguidade que faz com que seu verdadeiro significado se torne uma chave para decifrar o enigma da existência.
4. A Lua e a Sabedoria Cíclica
A lua, como símbolo, traz consigo uma chave para entender o enigma da vida. Ela se manifesta em ciclos, simbolizando o tempo e as fases que a vida atravessa.
O poema sugere que, assim como a lua, nós também passamos por fases e transformações, cada uma revelando algo novo e necessário para o nosso aprendizado e crescimento.
A “complexa fase da lua” é o momento em que as revelações se fazem mais claras, mas também mais difíceis de compreender.
Há um senso de que, por mais que busquemos respostas, há sempre um novo ciclo, uma nova fase, um novo enigma a ser desvendado.
5. O Corpo e a Alma no Mundo
Finalmente, o corpo e a alma do ser humano são apresentados como uma “célula perfeita ou imperfeita”, destacando a imperfeição humana, mas também sua potencialidade para o aprendizado e crescimento.
O enigma aqui está na ideia de que o corpo humano, por mais imperfeito que seja, é o “veículo” através do qual a alma vive e se transforma.
A “imperfeição” do corpo não é uma fraqueza, mas uma condição que leva ao autoconhecimento e à evolução.
Conclusão:
O enigma central do poema é a busca pelo significado da vida e do amor, descritos como experiências profundas e transformadoras, repletas de mistério e complexidade.
A “passagem secreta” não é apenas uma jornada física, mas espiritual e emocional, cheia de momentos pontuais que moldam e revelam nossa verdadeira natureza.
O poema, assim, desafia o leitor a refletir sobre o propósito da existência, a natureza cíclica da vida e do amor, e a sabedoria que vem com o enfrentamento das adversidades e do sofrimento, sempre em busca de uma compreensão mais elevada e profunda da vida.