DO SERTÃO ATÉ O MAR
Do sertão ao litoral,
Qual a lonjura, meus olhos?
Depende do meu sonhar
E daquilo o que escolho?
Tem a extensão de um gesto,
De um ser humano, modesto...
E a dimensão de um sonho.
Entre o sertão e o mar,
O que há de equidistância?
A certeza da professora
E o querer de uma criança.
O lirismo da cartinha,
O sentimento na linha,
Escrito com esperança.
Quem sonha, planta sementes.
Quem planta, tem que regar.
Quem rega, quer ver crescer.
Quando cresce, vem o colher.
Quem colhe... volta a sonhar.
E crê naquele desejo,
Lá dentro do coração.
Latente no coração.
E sonha com muita fé – e cor,
Ação e com oração.
Vem, me leva... Realiza o meu sonhar.
Eu quero, eu vou! Eu vou conhecer o mar.
Eu quero, meu vôo... eu vou mergulhar no mar.
Vem, me leva... Olha a minha alegria!!
Eu quero, eu vou! Eu vou pro mar da Bahia.
Eu quero, eu estou... estou no mar da Bahia.
Vem, me leva... Quero conhecer o mar.
Eu também sou marinheiro, Marinheiro! Eu também sei navegar.
Hoje eu sei que é muito doce, é doce, conhecer o mar.