No meio da exclusão

Terra que não chove tanto

A cultura é da plantação

Mas quando a lavoura cresce

A cultura enriquece

Porque choveu no sertão

O pássaro canta a canção

O milho amadurece

O povo que tanto merece

Faz festa pra são João

Xote xaxado, baião.

Quadrilha, arraia e quermesse.

Tudo isso resplandece

No luar do meu Sertão

Pinga pra ficar doidão

De um jeito ou de outro agradece

Beatas fazendo prece

Juntando a palma da mão

O terço que faz menção

A cultura que conhece

Tudo ali acontece

Com grande satisfação

No terreiro um capão

Assim que o dia amanhasse

E no almoço favorece

Uma panelada de pirão

Sonhei deitado no chão

E logo me entristece

Que tudo ali permanece

Longe do meu coração

No meio da exclusão

Que nenhum de nos merece

O meu corpo adormece

No meio da multidão.

Edye jesus e Evelyn Rodrigues
Enviado por Edye jesus em 14/02/2021
Reeditado em 23/11/2021
Código do texto: T7184386
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