A Velha Loucura do Prisioneiro de Si Mesmo
O que quero?
Onde vou?
O que sei?
O que sou?
De onde?
Para quê?
Para onde?
Por quê?
Por quê?
Por quê?
Fabricantes de respostas
Deixem-me pensar
Só um pouco de cada vez
Emergir da sensatez
E respirar
O que você não ousa questionar?
Na falha da frase
A fala se vê fraca
Ninguém passa o que pensa
Mas você pensa no que passa?
Ou acha graça
Em fazer de graça
Trabalho de máquina?
Fazendo fumaça
Na linha de montagem da alma
Querem pavimentar a estrada da mente
Mas não sabem que dentro dos buracos
Cresce mato
Cresce vida
Tudo que menos se esperava
Aquilo que não serve pra nada
Por isso é essencial
Fabricantes de respostas
Deixem-me pensar
Só um pouco de cada vez
Emergir da sensatez
E respirar
O que você não ousa questionar?
O que você não ousa questionar?
Fabricantes de respostas
Deixe-me pensar
O que você...?
Escravos que não conhecem seu senhor
Nós e o tempo
Vai ver essa é a graça mesmo
Vivendo na terra dos cegos
Sem rei
É difícil abrir mão do que sei
Ou penso que sei
Olhando para o fundo do abismo
Quem pula?
Quem se segura
Ao pano desbotado
Que usa para tapar o buraco
Sem fundo
Que encerra tudo?
Ele olha de volta
De dentro e de fora
Ele está olhando agora
E o que eu vou responder?
Fabricante de respostas
O que eu não ouso questionar?