Desejo de um nordestino
Quando o dia raiou no sertão
Fez meu zóio chover de emoção.
Quanta falta que sinto de lá,
Do meu chão, do meu pé de juá!
Boiadeiro, vem cá me dizer,
Como pode a caatinga sofrer?
Quanta falta que sinto de lá,
De você, do meu pé de juá!
Manda chuva, meu Deus, pra o sertão
E não deixe os seus filhos na mão,
Quando a noite trouxer o luar...
Quero ser o meu pé de juá.