A voz
Eu calo minha voz,
Pois no piano soa nós.
Se perde tons pelo espaço
E no tempo em compasso
Encontro uma voz!
Ecoando o cetim.
Eu fecho estes olhos...
O violão me embriaga sóbrio!
Entrelaçados entre suas cordas,
Dedos que o silêncio amarrota
E eu ouço uma voz!
Aos poucos partir.
Estive tanto tempo longe
Que perdi aquela foto da estante.
É tão estranho abrir os olhos
E voltar e viver...
É tão estranho abrir os olhos
E voltar e viver...
Neste mundo sem te ter.