MÓVEL VELHO

Como tudo na vida

Uma hora tudo se vai

Da maneira como se ganha um grande amor

Vai embora levando minha paz

Como aquela escrivaninha

Deixada num canto qualquer

E que só serve de aparador

Com coisas que a gente nem quer

Na hora da partida

É somente deixada pra traz

Não existe despedida, nem pudor

O desgaste é mais voraz

Feito descarte da velha mobília

Que carece das mãos de um restaurador

Não é um sofrimento qualquer

Nas mágoas contidas de um desamor

Cadê o amor... acabou!

Não existe mais

Nunca mais... Só resta a dor

E uma lágrima que cai

Alex Cardoso, Diney SP e Juninho Mancuso
Enviado por Alex Cardoso em 19/11/2020
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