PátriaQueimadaBrasil-ChicoDoCrato-ZilmarWolneyAiresFilhol

ChicoDoCrato-ZilmarWolneyAiresFilho-PátriaQueimadaBrasil

(#ChicoDoCrato66anos) https://www.recantodasletras.com.br/letras/7067487

Contato cdc.chicodocrato@gmail.com ou consultor-Franciscosales@bol.com.br

Whatsapp 71992028988 https://www.recantodasletras.com.br/audios/cancoes/91032

ChicoDoCrato- Voz, Violão, sintetizador, efeitos, arranjo, mixagem e adaptação do texto de Zilmar Wolney Aires Filho Prof. Univ., Espec. em Proc. Civil; Mestre em Dir. Civil e Doutorando em Dir. Socioambiental)

AosMeusfilhos, Manuel(Oceânografo), Rodrigo(Logística)minhanetinhaValentina, Rafael(Agrônomo)MinhaNetinhaMariaIsadora.

Audacity 000 Rítmo 000+30 em Lá+ . Gravação Caseira-A Gravar em Estudio

Copyright: proibir a cópia, reprodução, distribuição, exibição,

criação de obras derivadas e uso comercial sem a sua prévia permissão.

Bis

O clarão das labaredas ergue-se na madrugada ao longe.

Os estalos da vegetação retorcida pelas chamas

São o grito surdo da flora à matança em série.

Num balé incoerente exsurge a peleja de aves e bichos,

Onde a vida, sem defesa, se exaure no bioma do cerrado,

Sob a égide da incoerência e estupidez humanas.

Os olhos e ouvidos estão lá nas mídias.

Impassíveis, impotentes, atônitos, ou indiferentes

Ao último gemido nas cinzas e carvão do solo sagrado.

Felizmente, nem tudo é purgatório ou inferno de Dante.

Alguns Anjos bons se misturam nas labaredas

E, do fogo ardente, surge o milagre da vida daquilo que se restou

Bis

O sertanejo, o roceiro, perderam o alimento, o abrigo, o labor.

O cidadão urbano herda o eterno remorso pela apatia.

Feiras, armazéns, peg-pags estão sem frutos, hortaliças e cereais.

No chão esturricado não há habitat e nutrientes para a fauna.

O gado perde o pasto, o riacho seca, e os peixes morrem.

O cerrado não é só mato, vegetação pobre, ou rasteira.

Ele é caju, manga, pequi, araçá, murici, mangaba, buriti.

É manancial de rios, riachos, lagoas, queda d´águas, cachoeiras.

A vegetação cerrado vai além da beleza dos ipês.

É a fotossíntese diária pelos angicos, aroeiras, acácias.

E o chão plantação, colheita, moradia e dignidade.

A cada queimadura do terceiro grau neste bioma.

A rede existencial, que interliga o cerrado, se desvincula

Desconectando fauna, flora, rios, peixes, ar e homens.

Bis

A vida, que coexiste no todo, se encolhe e se apequena.

Sem conexões, a sustentabilidade ambiental se fragiliza,

Pois, na rede sistêmica, tudo se une, reflete, e se comunica entre si

Após a chuva, o chão resiliente reergue-se para prosseguir a marcha.

Entre brasas, pó e fumaça, os galhos, ossos retorcidos, estão lá!

Eles serão a eterna imagem do equívoco, incoerência e indiferença.

A vida segue nos planos mineral, vegetal, animal e hominal.

Essas escalas evolutivas são(não) inexoráveis na senda da viagem.

E, na volta à Casa paterna, o bem que se fez será sempre o fiel da balança.

ChicoDoCrato e Zilmar Wolney Aires Filho
Enviado por ChicoDoCrato em 19/09/2020
Reeditado em 20/03/2022
Código do texto: T7067487
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.