O tal PM
( Ficção qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência )
Ele lavantou cedo tomou banho no sossego,
Pôs a roupa, a farda, já tinha feito a barba.
Saiu de carro pela marginal,
Era só mais um dia na vida de um policial,
Subi a favela na violência,
Trocando tiros com os menor do crime.
Presta atenção na condição hoje não teve tiros não meu irmão.
Era o dia do sossego,
Na quebrada chamam isso de PM pegando arrego.
As tiazinha cheia de medo, tem cara louco de drogas já muito cedo,
Aqui tem criança de Ar 15 na mão,
Fuzil com garoto de treze anos,
Minas de doze esperando criança,
Umas de quinze dando o cú em troca de pó,
Essa é a realidade de quem já perdeu as esperanças.
Malandrão fica na boa se liga jão,
Mina de doze pagando boquete,
Cheia de crack na mente que se perverte,
A lei aqui infelizmente se inverte,
E o estado só com violência se intromete.
É com a nossa dor que eles se diverte,
Nosso sofrimento é que na TV vira manchete.
Pah pum um minuto se passou caiu mais um,
Na favela o sangue escorre infelizmente isso é comum.
Viaturas um momento de tensão,
A bala vai e vem não tem lado certo não,
Pode acertar qualquer um vacilão.
Puta vagabunda, vadia do caralho, acorda dessa droga, seus filhos passando fome,
Você no grau se consome,
Fazendo boquete entroca de pó,
Olha pros seus menor com fome tenha dó.
Nossa realidade aqui é cruel,
Fatalidades já levaram muitos além do véu,
Lá no céu quero crêr vários manos aê.
Mas tem uns caras aqui cheio de querer ser,
São uns pipoca cheio de ideia nóia,
As minas firmeza passa e nem olha,
Tenha fé que vai chegar a liberdade,
A glória para nosso povo que vive com humildade.
Ó meu Deus por favor tenha piedade,
Nós vivemos imersos na maldade,
Cheio de pilantra e covarde,
Vagabundo aqui mata mais que a AIDS.
Era um dia que tinha tudo de normal,
Levantou cedo o tal policial,
Homem bom chefe de família,
Na favela conhecido por chefiar a quadrilha.
Matador sem piedade e sem pudor,
Conhecido como o exterminador,
Ama seus filhos com muito amor,
Mas tortura o dos outros com ódio e rancor.
Piedade por favor te pedimos Senhor,
Os homens são violentos, não sabem perdoar,
O negócio deles é subir, atirar e matar,
A violencia dá sinais que nunca vai acabar.
E tem sangue escorrendo na viela,
Morreu agorinha mais um pela,
Pagava de puxa saco mas era trairá,
Dizia ser lealdade mas fechava com as mentes que conspira.