Samba da Saudade

Que tristeza deu-me no peito,

ao ouvir de um sujeito,

a sua triste história,

guarda em sua memória.

Era um belo dia, o sol brilhava,

Os pássaros cantava,

Quando a ordem dos homem foi cumprida,

Eles jogaram água em cima de nossos sonhos.

Demoliram o castelo com a gente toda lá,

A cada esguicho meu peito jazia em luto,

Aquilo era muito bruto,

Tenho saudades da casa em que nasci.

Toda vez que ali passo, e vejo aquela placa escrita castelo, o meu coração chora está mágoa.

Ai que saudades do mosteiro,

Do primeiro de Janeiro,

Do badalar dos sinos,

Do carnaval em Fevereiro.

Meu peito nunca mais foi mesmo,

Dia a noite chora deste jeito,

A dor da saudade agora é meu pleito.

Eu vi tanta gente perdendo tudo,

Ficando na solidão, com o coração de luto.

Sinto tanta tristeza no peito,

Na alma não gozo de paz,

É que sinto tanta saudade do meu barracão que não volta jamais.

A senhora minha mãe vestia branco,

Mas não adiantou, a paz não chegou,

Eles expulsaram toda gente que nem tinha onde ficar.

Trago no meu peito está mágoa que me corta igual adaga num pássaro à acertar.

Com meu peito em chamas é difícil o meu Brasil amar.

Trago os contrastes e os destinos,

Eu era só um menino aprendendo a sonhar,

Quando conheci a fera do homem.

O Padre vestia luto na porta do mosteiro,

Chorando derradeiro com agente lá,

Demoliram o castelo com todos que habitavam lá.

Dart o Gótico
Enviado por Dart o Gótico em 14/08/2020
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