Me esqueça !
A solidão de sua boca...
É sede que não vai passar.
Teu corpo quente delicado.
Vive ainda a me buscar.
Teus olhos vêem a miragem...
Nesse deserto que criou.
Eu sou o amor e a boa imagem...
Que em teu peito não sarou.
Sou o desejo de carinho...
Que você vive a gritar.
Eu sou o néctar e o doce vinho...
Que você não pode provar.
Me esqueça...de novo não !
Eu sou a corda... você o peão.
Não me prometa...o giro não.
Eu já não tenho...meu coração.
Me esqueça...tudo eu chorei...
A dor infinda...que já passei.
És uma sombra...e não é minha.
Vida que segue...segue sozinha.
Todo o calor do seu desejo...
Rola na cama a procurar.
Apalpa, abraça e implora...
Mais nunca vai mais encontrar.
Todo o gemido de agora...
Somente a lua a espiar.
E o frio não tem sabor agora...
Veio a tristeza pra ficar.
Me esqueça...de novo não !
Eu sou a corda... você o peão.
Não me prometa...o giro não.
Eu já não tenho...meu coração.
Me esqueça...tudo eu chorei...
A dor infinda...que já passei.
És uma sombra...e não é minha.
Vida que segue...segue sozinha