ChicoDoCrato-LúcyaAdães-AsMaravilhasDeDeus
ChicoDoCrato-LúcyaAdães-AsMaravilhasDeDeus
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Poema de Lucya Adães Motta, adaptado por ChicoDoCrato- Música, Voz, Violão e sintetizador, Arranjo, Mixagem,
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AosMeusfilhos, Manuel(Oceânografo), Rodrigo(Logística)minhanetinhaValentina, Rafael(Agrônomo)MinhaNetinhaMariaIsadora.
Audacity 000 Ritmo 000+20 em Láí+. Gravação vídeo Caseira-Gravar em estúdio.
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Quando ainda pequenina(o),
eram tais os problemas meus:
Por que eu nasci menina(o)?
Por que havia ateus?
Por que é revolto o mar
em dias de tempestade?
Por que eu ficava chorar
diante de uma maldade?
Por que existiam pessoas
de uma finura exemplar,
fingindo ser tão boas,
mas que acabam por machucar?
Por que os passarinhos
não tecem, nem fiam em tear,
- só cantam e fazem seus ninhos
mas nada lhes vem a faltar?
Por que é que as formigas
- unidas a trabalhar -
somavam força de amigas,
cada qual a cooperar?
Por que não são egoístas,
juntando só para si?
(Eu vivia a perguntar...)
Ao contrário: são artistas!
E sua arte eu vi !...
E, nesse confabular...
A abelha, tão "feiosa",
mas que laboriosa é !
Faz calda tão apetitosa
para todos e qualquer !...
Por que o rio somente
corre sempre para o mar?
Será que é pra que se atente
que tudo tem de se irmanar?
Os peixes, que coisas lindas !
Desfilando em cardume,
num simples leito de rio
ou nas profundezas do mar...
Ah ! As flores... Sempre bem-vindas !
Cada qual com seu perfume...
Como eu as aprecio !
Ficando, pois, a meditar:
Que artista tão profundo,
tão sábio, tão infinito !
Conhece tudo a fundo
pois tudo é tão bonito !
E, se alguém se comove,
chega a uma profundeza tal:
Seu Nome - em nada é escrito -
mas Seu Amor a tudo move
de um modo genial !...
E, voltando àquele tempo...
Na praia que gostosura,
era o andar descalço na areia...
Suas conchas - que formosura !
Nesse feliz passatempo,
sempre vinha de mãos cheias...
Perguntava, também por que as rochas,
todas elas milenares,
numas, o vegetal desabrocha
mas elas sempre em seus lugares...
A pedra - um mineral -
mas o que eu não entendia:
ser o ouro um nobre metal,
mas o diamante, que tanto luzia,
por que do carvão surgia?!
Outra pergunta importante:
Por que é que o vegetal,
com raríssimas exceções, é verde?
E bem confiante,
pesquisava opiniões:
Por que não dá manga a jaqueira,
nem coco o cajueiro?
A abóbora, por que rasteira,
e não como o abacateiro?
Por que umas tão frondosas,
dando sombra ao viandante
e outras, de tão majestosas,
pareciam ser gigantes?
Por que algumas plantas viviam
de outras se alimentando?
Algumas... os animais comiam...
E, então, eu perguntava:
por que a cobra ela a rastejar,
se a própria águia voava
e o urso vivia a andar?
E, continuando minhas questões...
Eu ficava tempos inteiros
pensando: Só quatro estações?
Mas por que tantos janeiros?!
Por que é que a escuridão
aparecia no céu,
se depois, com seu clarão,
o sol vinha sem escarcéu?
Por que um clima ameno,
outros gélidos ou escaldantes?
Por que um país tão pequeno,
enquanto outros, gigantes?...
Mas de todas as indagações
a que ainda hoje eu trago,
é por que os corações
não sentem nem de modo vago?
Pois os homens - pigmeus !
Por que ainda a guerrear,
se o próprio Filho de Deus
aqui veio exemplificar? :
- Devemos ter Caridade
como bons samaritanos.
Mas por que tanta maldade,
mesmo após já dois mil anos???
E, embora, hoje, entendendo,
porque na Humanidade
há aleijões tão horrendos
a sofrer necessidade...
E, ricos, tão opulentos,
vivendo na ociosidade...
Inda inquiro por que sofrer
uma mãe junto a seu filho
a pedir o leite ou pão...
...mas ouvindo este estribilho:
"Trabalhe, que eu não dou, não !
Dinheiro? Custa ganhar !..."
Não lembrando que a reencarnação muita coisa mudará...
E, relembrando, outrora...
À noite, sempre eu ficava,
todo tempo... toda hora...
buscando pelo infinito,
pois eu jamais me cansava
de achá-lo tão bonito!
De noite, estrelas mil
pintavam o negror do céu.
De dia, o céu anil
que à noitinha descia seu véu...
E voltava a perguntar:
Por que havia estrelas
que viviam a cintilar,
enquanto outras, tão belas,
pareciam não pulsar?!
E, quando eu via a lua,
ficava tempos olhando,
inquirindo por que a sua
forma sempre ia mudando?...
Ás vezes, de tanto cismar,
com as coisas lá do "Alto",
pensava poder alcançar
o Infinito de um salto.
E, então, chegavam a um ponto
alto as minhas perquirições:
Respostas, não as tive de pronto,
a todas indagações...
Bis
Mas hoje, no Espiritismo,
em todas as suas lições,
revejo o Cristianismo
e não há mais outros senões...
Agora, sei que o sofrer
é uma necessidade
para o Espírito, pois o morrer
é uma grande falsidade!
E, assim, na dor, meus irmãos,
findaram-se os problemas meus !
Pois, em tudo, sem exceção,
vejo as maravilhas de Deus