LITERALMENTE
Quando te fechas em teus livros
Se abre um universo que é só teu
De poesia, de magia
De Eurídice e Orfeu
Catherine e Heathcliff
Julieta e Romeu
De Bentinho e Capitu
D’eu e tu
Da amplitude desse mundo
Vês um monte de lugar
Tu decifras as pessoas
Tudo está em tuas mãos
Numa hora, nas estrelas
Noutra hora estás no chão
Entre nós, tu silencias um salão
Quando, enfim, teces teus versos
E te encobres do que lês
Há segredos submersos
Sob um claro português
Mas de mim tu nada escondes
O teu corpo me mostrou
As curvas das entrelinhas
Do teu compor
Meu riso em tua boca
Tão fácil se mostrou
Teus sonetos são enleios
Onde o meu canto se entranhou
Os meus versos ganham vida
Minha vida, ganha cor
Minha cara,
A entrelinha do teu verso me contou
Que te encontras tão perdida
Tão perdida de amor