LITERALMENTE

Quando te fechas em teus livros

Se abre um universo que é só teu

De poesia, de magia

De Eurídice e Orfeu

Catherine e Heathcliff

Julieta e Romeu

De Bentinho e Capitu

D’eu e tu

Da amplitude desse mundo

Vês um monte de lugar

Tu decifras as pessoas

Tudo está em tuas mãos

Numa hora, nas estrelas

Noutra hora estás no chão

Entre nós, tu silencias um salão

Quando, enfim, teces teus versos

E te encobres do que lês

Há segredos submersos

Sob um claro português

Mas de mim tu nada escondes

O teu corpo me mostrou

As curvas das entrelinhas

Do teu compor

Meu riso em tua boca

Tão fácil se mostrou

Teus sonetos são enleios

Onde o meu canto se entranhou

Os meus versos ganham vida

Minha vida, ganha cor

Minha cara,

A entrelinha do teu verso me contou

Que te encontras tão perdida

Tão perdida de amor

Axills
Enviado por Axills em 14/05/2020
Código do texto: T6947093
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