SOL ASSASSINO

Preste explodir uma bomba de grande intensidade.

Esse sol assassino, fazendo a sua maior atrocidade.

Rio secando, fruto minguando, na maior velocidade.

Tempera o devaneio, sem noção, da cumplicidade.

Desatar coração, seguir intuição, rever autoridade.

Dois lados, duas versões, em uma só probabilidade.

Certo ou errado, azul ou vermelho, tempo e idade.

Em plena guerra, fazendo festa no meio da cidade.

Esquece, flor, mais bela, tem água por necessidade.

Nada contra correnteza, tudo em favor da saudade.

Que fica entre os passos perdidos, pela banalidade.

Mostrando face oculta, que burla o fator, verdade.